quarta-feira, 28 de março de 2012

Arte Grega - Escultura e Arquitetura


Escultura na Grécia Antiga


Escultura da Grécia Antiga é uma expressão que usualmente se refere às obras escultóricas criadas na Grécia entre o período Dedálico (650-600 a.C.), quando a arte grega começou a formar um estilo próprio original, e a época do seu último florescimento importante, na chamada era Helenística, que durou até cerca de 100 a.C., quando o país já estava sob domínio romano




A escultura é uma das mais importantes expressões artísticas da cultura grega. Exerceu decisiva influência sobre a arte romana, inseminou uma grande variedade de culturas do norte da África, do Oriente Próximo e Oriente Médio, penetrou até a Índia durante a época de Alexandre, o Grande, definiu muitos dos principais parâmetros da arte da Renascença e do Neoclassicismo, e é uma referência das mais relevantes mesmo nos dias de hoje para toda a cultura do Ocidente. 
As esculturas gregas transmitem uma forte noção de realismo, pois os escultores gregos buscavam aproximar suas obras ao máximo do real, utilizando recursos e detalhes. Nervos, músculos, veias, expressões e sentimentos são observados nas esculturas. A temática mais usada foi a religiosa, principalmente, representações de deuses e deusas. Cenas do cotidiano, mitos e atividades esportivas (principalmente relacionadas às Olimpíadas) também foram abordadas pelos escultores gregos.

 




Arquitetura Grega

A arquitetura grega tem no templo sua expressão maior e na coluna sua peculiaridade. A coluna marca a proporção e o estilo dos templos.
Na arquitetura do período geométrico, entre os anos 900 e 725 a. c., as casas são de plano irregular e os templos tem planta ora longa e estreita, ora quase quadrada, com uma coluna central (ou fila central de colunas) como arrimo.
Os materiais de construção preferidos eram o tijolo cru e a madeira, com alguma utilização da pedra no período arcaico (600 e 500 a. c.) a arquitetura se desenvolve graças a influência das culturas micênicas e outras culturas mediterrâneas.
Um sistema de ordens definiu as proporções ideais para todos os componentes dos templos, de acordo com proporções matemáticas preestabelecidas. A ordem era baseada no diâmetro de uma coluna, com outros elementos derivando dessa medida.
Podemos citar como importante fato na arquitetura grega, o aperfeiçoamento da ótica (perspectiva), que já começará a fazer parte do período clássico (500 a 300 a. c.)

Ordem Dórica

Se desenvolveu no último período do século VII a.C As colunas (frente e fundo do templo eram de 4 à 6 vezes mais altas do que o diâmetro do fuste) circundavam cada lado. Cada coluna tinha vários tambores sobrepostos com 20 caneluras ou entalhes verticais. Estes elementos proporcionavam coerência e unidade visuais, além de fluidez, às colunas segmentadas. A forma do templo é chamada de "carpintaria petrificada" pois, ao utilizarem a pedra, os gregos adaptaram técnicas usadas em construções de madeira. A decoração do templo dórico dá ênfase à estrutura. Os pilares eram espessos e ligeiramente salientes no meio, como se estivessem comprimidos pelo peso de sua carga.
O formato básico de um templo dórico era uma estrutura retangular de mármore, cercada por uma fileira dupla de colunas, com um pórtico na frente e outro atrás. Eram em geral baixos e maciços.

                                                                  Partenon

Ordem Jônica

Sua marca é a voluta em um capitel jônico. O fuste de cada coluna é 8 a 9 vezes maior do que seu diâmetro . Os templos jônicos parecem geralmente mais delicados do que os robustos templos dóricos. As ordens dórica e jônica lançavam mão de motivos abstratos ou semi-abstratos para simbolizar a vida orgânica.
O erectéion (421- 406 a .c.) é uma obra prima iônica sobre a acrópole. Foi construído em homenagem aos deuses Atena e Posêidon. São famosas suas cariátides, as seis estátuas de jovens mulheres esculpidas no mármore que dão sustentação ao teto (pórtico das virgens). Entre os elementos arquitetônicos que mais o caracterizam têm destaque os frisos que adornam a parte superior das fachadas frontal e dos fundos do prédio. Projeto em dois níveis, com quatro pórticos separados e colunas de diferentes alturas, e não uma colunata contínua.

Ordem Coríntia/Período Helenístico

Os arquitetos passam a fazer uso de ornamentos inspirados no acanto e outras plantas. Surgiu assim, a última ordem da arquitetura Grega, a Coríntia, anunciada no templo de Apolo Epicuro, em Bassae, e que se fez popular a partir de 334 a.c.
Em seguida, o estilo coríntio combinou-se ao dórico em muitos edifícios: Aquele reservado para o interior, este para a fachada. O fim do período clássico presenciou uma revitalização do estilo iônico, por influência do arquiteto Píteas (túmulo de Mausolo, em Halicarnasso, 349 a.c.), que abandonou a busca do refinamento em troca da monumentalidade.
A marca do estilo coríntio é o capitel característico, moldado como um sino invertido cercado por folhas de acanto.
As edificações associadas ao Helenismo produziram efeitos grandiosos e escala monumental. Eram ricas em ostentação.
O Helenismo deu ao mundo antigo várias de suas sete maravilhas, o farol de Alexandria (279 a.c.), foi o mais alto jamais construído, uma escultura de mármore de quatro andares gradualmente afunilados (122m).
O espetáculo, a ostentação e as dimensões sobre humanas substituíram a moderação da Grécia clássica.
Até a fase clássica, os arquitetos Gregos encaravam cada construção como uma unidade completa em si mesma e, como tal, desta cada das demais. No período helenístico (entre os anos 300 e 100 a.c.), tal tendência desapareceu e os arquitetos, acostumados a projetar novas cidades, buscaram o complexo arquitetônico, que realizaram em sítios. Foi a época do desenvolvimento do urbanismo: Os pórticos multiplicaram-se e as ruas cruzaram-se em ângulo reto, freqüentemente flanqueadas por colunatas . O plano das ágoras (praças) tornou-se regular, com construções consagradas às reuniões populares. Outras estruturas públicas, como o Bouleuterion (sala de reuniões com acomodação coberta para 1200 pessoas, onde eram decididos assuntos de estado), basílicas, termas públicas, ginásios, estádios.
O anfiteatro em epidauro ainda está em uso. São 55 fileiras semi-circulares e assento de pedra para 14 000 espectadores (350 a.C.)




Acrópole

A acrópole é o principal ponto turístico da Grécia. Localizada no topo de uma colina, a cerca de 100m de altitude, e coroada pelo Parthenon, pode ser praticamente vista de qualquer ângulo da cidade. Sua área cobre cerca de 40km2 e reúne um considerável número de ruínas remanescentes de obras de grandes artistas da Grécia antiga, como Ictinos, Fídeas e calícrates.
Ocupada desde o segundo milênio a.c. e reconstruída por ordem de Péricles, depois de ter sido destruída pelos persas em meados de 480 a.c. , foi inicialmente consagrada à Deusa Atena na era micênica. Depois, saqueada e desfigurada pelo inimigo, deixou de ser uma fortaleza e transformou em um centro de comemorações cívicas. Hoje representa o apogeu do período clássico da Grécia antiga.



Algumas obras da acrópole foram conduzidas pelo grande arquiteto e escultor Fídeas em meados do séc. IV a.c. deram lugar a um conjunto de monumentos que impressionam pela sua grandiosidade, entre eles: O Parthenon, o Erecteion, o templo de Atenas Nike, o templo de Dionísio, o teatro de Herodes Atiço ou o museu da acrópole. A maioria destes monumentos que formam uma espécie de camarote sobre Atenas é testemunho do “século de Péricles”, época em que os gregos se empenharam em embelezar a cidade.
Na arquitetura, não resta dúvida de que o templo foi um dos legados mais importantes da arte grega ao ocidente.
Assim, a história da arte grega está ligada às épocas da vida desse povo. O pré-helenismo foi um longo período, no qual a arte estava se afirmando. Na época arcaica, a arte tomou formas definidas. A época clássica foi o momento da plenitude e da perfeição artística e cultural dos gregos. O Helenismo foi o momento em que os gregos. O Helenismo foi o momento em que os gregos já haviam chegado à plenitude e passaram a espelhar sua arte pelo Egito, pela Ásia, pela Síria e por Roma.


Componentes: Lana, Luiza, Steffany.




Nenhum comentário:

Postar um comentário