quarta-feira, 28 de março de 2012

A Esfinge



A grande esfinge está situada na borda do planalto de Gizé, ao sul do complexo da Grande Pirâmide e perto do templo do vale da pirâmide de Kéfren (c. 2520 a 2494 a.C.), o qual fica à sua direita e que originalmente ficava junto ao rio Nilo. Existe ainda o assim chamado templo da esfinge, uma estrutura retangular que fica situada diretamente à frente das patas dianteiras. A figura, vista acima em excelente foto cujo copyright é de Jon Bodsworth, não está postada no topo do planalto, mas encontra-se no centro do que parece ser o que restou de uma antiga pedreira. Apenas sua cabeça e um pouco da parte superior de suas costas se projeta acima da elevação geral do planalto que a circunda. O corpo da esfinge está postado num eixo leste/oeste e para esculpi-lo os operários escavaram um fosso ao seu redor, de tal maneira que hoje ela se encontra em uma depressão. A área livre ao seu redor estreita-se um pouco na extremidade oeste posterior. Há uma elevação inacabada junto à parede traseira oeste ligeiramente acima do resto do piso da área que circunda a esfinge. As pedras calcárias retiradas do local para criar a forma do corpo foram usadas para construir o templo da esfinge e o templo do vale, os quais a seguir foram revestidos com granito vindo de Assuão. A enorme figura é formada por um outeiro rochoso de pedra calcária que não fora usado pelos construtores da pirâmide de Kéops (c. 2551 a 2528 a.C.) na sua busca pela pedra necessária à edificação do monumento e que, na época de Kéfren, foi transformado em um imenso leão deitado com cabeça humana. O templo do vale de Kéfren se liga a uma calçada que vai no sentido oeste/noroeste até sua pirâmide. A calçada corre acima e ao longo da parede sul do muro que cerca a esfinge. O templo mortuário de Kéfren situa-se a leste da pirâmide deste faraó no planalto superior, atrás da esfinge.

 

A cabeça, voltada para o nascente, e a parte anterior do corpo foram cinzeladas na rocha viva, completando-se o corpo e as patas com tijolos. Supõe-se que tenha sido revestida de uma camada de gesso e pintada. Seu comprimento é de 73 metros e 15 centímetros, sua altura de 20 metros e 12 centímetros e a largura máxima da face é de quatro metros e 17 centímetros. Só a boca mede dois metros e 30 centímetros, enquanto que o comprimento do nariz pode ser calculado em, aproximadamente, um metro e 70 centímetros e o das orelhas é de um metro e 32 centímetros. Na cabeça traz um toucado real. Quase nada resta atualmente da serpente Uraeus na testa e da barba no queixo, que eram outros símbolos da realeza do faraó. Pensam os arqueólogos que a face representa o rei Kéfren e que tanto a esfinge quanto os dois templos citados foram erguidos por ordem dele. Uma imagem, também provavelmente desse faraó, foi esculpida no peito, mas pouquíssimo resta dela. Em diferentes épocas do passado, blocos pequenos ou grandes de pedra calcária foram aplicados para proteger ou revestir partes da figura, principalmente nas partes mais baixas do monumento. 



  Entre as patas estendidas do leão, existe uma grande laje de granito vermelho contendo uma inscrição que registra um sonho tido por Tutmósis IV (c. 1401 a 1391 a.C.), faraó da XVIII dinastia (c. 1550 a 1307 a.C.), antes de ascender ao trono. Conta ela que certa vez, ao caçar, o príncipe resolveu descansar do forte calor do meio-dia à sombra do monumento e adormeceu. Na época a esfinge era idenfificada com o deus-Sol Harmakhis e este apareceu em sonho ao príncipe e lhe prometeu entregar a Coroa Dupla do Egito se o rapaz mandasse retirar a areia que havia quase que totalmente coberto o corpo da esfinge. Embora a inscrição esteja grandemente danificada em sua parte final, pode-se deduzir que Tutmósis IV realizou o que lhe foi pedido e, em recompensa, tornou-se faraó. 

Fonte: A Esfinge

Componentes: Jessica Oliveira, Mikael Nicolas, Romilson, Rodrigo














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