quinta-feira, 5 de abril de 2012

A Fontana di Trevi


A Fontana di Trevi (Fonte dos trevos, em português) é a maior (cerca de 26 metros de altura e 20 metros de largura) e mais ambiciosa construção de fontes barrocas da Itália e está localizada na rione Trevi, em Roma. A fonte situava-se no cruzamento de três estradas (tre vie), marcando o ponto final do Acqua Vergine, um dos mais antigos aquedutos que abasteciam a cidade de Roma.


Uma curiosidade sobre a fonte é em relação ao seu nome: porque se chama Fontana di Trevi? Na idade média três ruas se cruzavam naquele local formando um trivium ou seja, um cruzamento de três ruas (que porém se localiza no limite da praça dei Crociferi). Neste local ficava a mostra da Água Virgem, da qual deriva a Fontana di Trevi. Hoje é possível ainda admirar uma característica do bairro medieval desenvolvido nas proximidades: trata-se do arco no lado oposto da fonte, cujas colunas se erguem no meio das vitrines da loja da Benetton.
Muitas competições entre artistas e arquitetos tiveram lugar durante o Renascimento e o período Barroco para se redesenhar os edifícios, as fontes, e até mesmo a Scalinata di Piazza di Spagna (as escadarias da Praça de Espanha). Em 1730, o Papa Clemente XII organizou uma nova competição na qual Nicola Salvi foi derrotado, mas efetivamente terminou por realizar seu projeto. Este começou em 1732 e foi concluído em 1762, logo depois da morte de Clemente, quando o Netuno de Pietro Bracci foi afixado no nicho central da fonte.
A estátua do deus Netuno está representada sobre um carro em forma de concha puxado por dois cavalos-marinhos, que foi protagonista de várias cenas da história do cinema. Entre essas cenas, a mais famosa é, indubitavelmente, a do filme La Dolce Vita, dirigida pelo cineasta italiano Federico Fellini


Além disso, desde a rodagem do filme "Three Coins in the Fountain", que em português recebeu o título de "A Fonte dos Desejos", a tradição diz que, se você jogar uma moeda na fonte, voltará a visitar a cidade. Porém, se você for solteiro(a), aqui vai outra dica: a tradição também diz que, se você jogar duas moedas, vai encontrar a sua outra metade da laranja em Roma! 

Mas a Fontana di Trevi esconde também outras lendas, que foram surgindo durante quase dois séculos de sua história (ela foi inaugurada em 1761). Uma destas lendas se refere a Nicola Salvi, o arquiteto que projetou a fonte. Segundo a lenda, a escultura no muro que circunda a fonte na esquina com o rua da Stamperia, que parece representar um grande vaso, tenha sido colocada por Salvi por um motivo bem preciso.
Parece que o arquiteto não se dava muito bem com um barbeiro que tinha sua loja bem na rua que hoje é a da Stamperia. O barbeiro o assediava com criticas e julgamentos negativos sobre os trabalhos na fonte. Assim Salvi colocou a sua frente este vaso, de forma que não pudesse mais ver os trabalhos. Os romanos depois re-batizaram esta escultura com o nome de asso di coppe (ás de copas), pela sua semelhança com a carta de baralho.


As outras duas lendas se referem aos casais de namorados. Para todas as namoradas cujo amado deve servir o exército ou viaja por trabalho, é garantido amor eterno se fazer com que o namorado beba um copo de água da fonte e depois quebrem o copo, assim o homem não esquecerá dela jamais.
Outra forma mais simples e sobretudo mais saudável para prometer amor eterno é o de beber na chamada Fontanina degli Innamorati (fontezinha dos apaixonados) que fica do lado direito, perto do às de copas. Só precisa que os dois apaixonados bebam juntos para serem fiéis por toda a vida.
Salvi morrera alguns anos antes, em 1751, com seu trabalho ainda pela metade. A fonte foi concluída por Giuseppe Pannini, que substituiu as alegorias insossas que eram planejadas, representando Agrippa e Trivia, as virgens romanas, pelas belas esculturas de Netuno e seu séquito.

Fontes:



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