A
Fontana di Trevi (Fonte dos trevos, em português) é a maior (cerca de 26 metros de
altura e 20 metros de largura) e mais ambiciosa construção de fontes barrocas
da Itália
e está localizada na rione Trevi, em Roma. A fonte situava-se
no cruzamento de três estradas (tre vie), marcando o ponto final do Acqua
Vergine, um dos mais antigos aquedutos que abasteciam a cidade de Roma.
Uma
curiosidade sobre a fonte é em relação ao seu nome: porque se chama Fontana di
Trevi? Na idade média três ruas se cruzavam naquele local formando um trivium
ou seja, um cruzamento de três ruas (que porém se localiza no limite da praça dei
Crociferi). Neste local ficava a mostra da Água Virgem, da qual deriva a
Fontana di Trevi. Hoje é possível ainda admirar uma característica do bairro
medieval desenvolvido nas proximidades: trata-se do arco no lado oposto da
fonte, cujas colunas se erguem no meio das vitrines da loja da Benetton.
Muitas competições entre
artistas e arquitetos tiveram lugar durante o Renascimento
e o período Barroco
para se redesenhar os edifícios, as fontes, e até mesmo a Scalinata di
Piazza di Spagna (as escadarias da Praça de Espanha). Em 1730, o Papa Clemente
XII organizou uma nova competição na qual Nicola Salvi
foi derrotado, mas efetivamente terminou por realizar seu projeto. Este começou
em 1732
e foi concluído em 1762,
logo depois da morte de Clemente, quando o Netuno de Pietro Bracci
foi afixado no nicho central da fonte.
A estátua do deus Netuno
está representada sobre um carro em forma de concha puxado por dois
cavalos-marinhos, que foi protagonista de várias cenas da história do cinema.
Entre essas cenas, a mais famosa é, indubitavelmente, a do filme La
Dolce Vita, dirigida pelo cineasta italiano Federico Fellini.
Além disso, desde a rodagem do
filme "Three Coins in the Fountain",
que em português recebeu o título de "A Fonte dos Desejos",
a tradição diz que, se você jogar uma moeda na fonte, voltará a visitar a
cidade. Porém, se você for solteiro(a), aqui vai outra dica: a tradição também
diz que, se você jogar duas moedas, vai encontrar a sua outra metade da laranja
em Roma!
Mas a Fontana di Trevi esconde
também outras lendas, que foram surgindo durante quase dois séculos de sua
história (ela foi inaugurada em 1761). Uma destas lendas se refere a Nicola Salvi, o arquiteto
que projetou a fonte. Segundo a lenda, a escultura no muro que circunda a fonte
na esquina com o rua da Stamperia, que parece representar um grande vaso, tenha
sido colocada por Salvi por um motivo bem preciso.
Parece que o arquiteto não se
dava muito bem com um barbeiro que tinha sua loja bem na rua que hoje é a da
Stamperia. O barbeiro o assediava com criticas e julgamentos negativos sobre os
trabalhos na fonte. Assim Salvi colocou a sua frente este vaso, de forma que
não pudesse mais ver os trabalhos. Os romanos depois re-batizaram esta
escultura com o nome de asso di coppe (ás de copas), pela sua
semelhança com a carta de baralho.
As outras duas lendas se referem
aos casais de namorados. Para todas as namoradas cujo amado deve servir o
exército ou viaja por trabalho, é garantido amor eterno se fazer com que o
namorado beba um copo de água da fonte e depois quebrem o copo, assim o homem
não esquecerá dela jamais.
Outra forma mais simples e
sobretudo mais saudável para prometer amor eterno é o de beber na chamada Fontanina
degli Innamorati (fontezinha dos apaixonados) que fica do lado direito,
perto do às de copas. Só precisa que os dois apaixonados bebam juntos para
serem fiéis por toda a vida.
Salvi morrera alguns anos antes,
em 1751,
com seu trabalho ainda pela metade. A fonte foi concluída por Giuseppe Pannini, que
substituiu as alegorias insossas que eram planejadas, representando Agrippa
e Trivia, as virgens romanas, pelas belas esculturas de Netuno e seu séquito.
Fontes: